DÉCADA DA AÇÃO   AGENDA 2030

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A Jornada ESG

Panorama Global

O desenvolvimento sustentável, especificamente a preocupação com o meio ambiente e a erradicação da pobreza são temas que há muito tempo são debatidos, prova disso, que em 1972, aconteceu a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano em Estocolmo, Suécia, marcando o início das discussões internacionais sobre questões ambientais, sociais e de governança.

Passados 15 anos, em 1987, a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento da ONU publica o relatório “Nosso Futuro Comum” (também conhecido como Relatório Brundtland), que populariza o conceito de desenvolvimento sustentável.

Em 1992, no Rio de Janeiro, aconteceu a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92), o que resultou na Agenda 21, trazendo como escopo e essência, um plano abrangente para promover a sustentabilidade.

No ano de 1997, a preocupação em reduzir as emissões de gases de efeito estufa é colocada em pauta e dá origem ao Protocolo de Quioto, estabelecendo metas de redução de emissões de gases de efeito estufa aos países do Anexo I, aqueles considerados os principais responsáveis pelas emissões.

Já em 2000, a ONU estabelece metas globais para a erradicação da pobreza, educação, saúde e sustentabilidade, o que ficou conhecido como os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM).

Tanto o Protocolo de Quioto, como os ODMs foram substituídos.

O Protocolo de Quioto foi substituído pelo Acordo de Paris sobre mudanças climáticas, que tem como previsão central o compromisso de limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C.

Também em 2015, em âmbito da ONU, foi estipulado uma nova agenda global, substituindo os ODMs pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS da ONU.   

Conhecida como “Agenda 2030” ou “Década da Ação”, a ONU adotou em setembro de 2015, através dos Estados-membros das Nações Unidas, os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) interconectados com 169 metas específicas, são eles:

  1. Erradicação da Pobreza
  2. Fome Zero e Agricultura Sustentável
  3. Saúde e Bem-Estar
  4. Educação de Qualidade
  5. Igualdade de Gênero
  6. Água Potável e Saneamento
  7. Energia Acessível e Limpa
  8. Trabalho Descente e Crescimento Econômico
  9. Indústria, Inovação e Infraestrutura
  10. Redução das Desigualdades
  11. Cidades e Comunidades Sustentáveis
  12. Consumo e Produção Responsáveis
  13. Ação Contra a Mudança Global do Clima
  14. Vida na Água
  15. Vida Terrestre
  16. Paz, Justiça e Instituições Eficazes
  17. Parcerias e Meios de Implementação

A criação dos 17 ODS visava abordar os principais desafios globais, como a erradicação da pobreza, inclusão social, proteção ambiental e o desenvolvimento econômico de forma sustentável e integrada até o ano de 2030.

Obstante aos legítimos interesses da sociedade a esfera pública e os governos são cada vez mais pressionados sobre questões sociais, ambientais e gestão de recursos de forma transparente e eficaz, por outro lado na esfera privada, mercados globais já entenderam o quanto uma cadeia produtiva sustentável gera maior engajamento com a sociedade, atrai “novos consumidores conscientes”, retém talentos e proporciona maior valorização de seus produtos e serviços a longo prazo.

Mas, uma recente pandemia, nos deparamos com novos desafios globais, conflitos sociais, guerras e diversas catástrofes ambientais, que fazem parte de um panorama global cada vez mais alarmante, impulsionando diferentes atores sociais e governos a caminharem na mesma direção – da sustentabilidade – pelas interconexões entre os sistemas sociais, econômicos e ambientais, destacando a fragilidade desses sistemas e alertando a necessidade de que haja equilíbrio entre as relações humanas e a natureza para que possamos viver em um mundo mais próspero.

A pandemia da COVID-19, crise sanitária e humanitária mais recente que matou milhões de pessoas ao redor do mundo, destaca bem a interdependência entre saúde humana, ecossistemas e sustentabilidade, levando a uma maior conscientização sobre a importância de abordagens sustentáveis para enfrentar os desafios globais. E, à medida que nos deparamos com problemas como mudanças climáticas, perda de biodiversidade, escassez de recursos naturais e desigualdades sociais, a busca por soluções sustentáveis se torna uma prioridade em todos os setores da sociedade – governos, organizações não-governamentais, empresas e indivíduos em todo o mundo que estão se mobilizando para abordar questões emergenciais.

Sendo assim, devemos considerar o quanto a função da tecnologia e das mídias vem ampliando a consciência de um mundo pós-pandemia. Podemos dizer que o fator determinante é o acesso à informação, amplamente disseminada, principalmente se considerarmos que estamos em meio a uma revolução tecnológica (Indústria 4.0), o que implica uma avalanche informacional.

Especificamente sobre a Quarta Revolução Industrial, é interessante destacar o potencial colaborativo da tecnologia para que possamos acelerar os passos rumo à sustentablidade.

Por influência, em grande parte, da tecnologia, é que a sustentabilidade tornou-se uma preocupação central em várias esferas da sociedade global, influenciando e direcionando decisões. As tendências emergentes em setores como economia e tecnologia, princiaplamente se pensarmos em Inteligência Artificial refletem uma resposta aos desafios ambientais e sociais, basta pensarmos em bioeconomia, economia circular, energias renováveis, agricultura de precisão, baterias de alta capacidade, avaliações de impacto, monitoramento ambiental e eficiência energética – são frentes baseadas em uma nova economia de impacto e no investimento e desenvolvimento em tecnologia e, à medida que a sustentabilidade se torna uma prioridade global, é provável que vejamos uma integração ainda maior dessas tendências em vários setores.

De maneira geral, compromissos assumidos pelos governos, aumento de investimento em iniciativas sustentáveis, transição energética, consciência e adoção de nova forma de fazer negócios e maior cobrança da sociedade por práticas sustentáveis demonstram o avanço da agenda e a utilização da tecnologia como consequência das oportunidades geradas pelo novo capitalismo consciente e pelo caráter de urgência para a transição de uma economia altamente poluente para uma de baixo carbono, mais consciente e responsável.

É necessário que o mundo atue de forma cooperativa. Mais do que desenvolver políticas e compromissos, precisamos que haja compartilhamento de conhecimento, boas práticas e mobilização de recursos, voltados a implementação de projetos sustentáveis pelo mundo para viabilizar a materialização e o atingimento dos ODS da ONU.

A economia colaborativa é uma das tendências que resultam da crescente onda de conscientização global a respeito da sustentabilidade, outras dizem respeito a atuação em prol da materialidade de práticas sustentáveis, como a mudança no comportamento do consumidor, o aumento de práticas voltadas à circularidade e gestão adequadas de produtos também é uma tendência global que ganhará força; a transição energética já acontece de maneira mais perceptível, inclusive no Brasil; a urgência climática tendência a continuar no topo dos assuntos mais debatidos quando se trata de sustentabilidade, dado o seu caráter emergencial e de oportunidade de negócios; por último e não menos importante, a tecnologia continuará a revolucionar a forma como vemos o mundo e nos obrigará a nos adaptarmos aos seus avanços e, certamente, governos e empresas engajados na pauta sustentável, investirão em tecnologia e inovação para sanar problemas socioambientais e reduzir custos de suas gestões, como a transição energética, eficiência hídrica, agricultura de precisão, gestão de resíduos e conservação de recursos naturais e mobilidade sustentável.   

Em resumo, quando pensamos em panorama global, podemos observar que à medida que os desafios ambientais se intensificam, o mundo de modo geral está adotando medidas para lidar com essa questão de forma mais ampla e abrangente – há, de fato, um crescente reconhecimento da necessidade de proteger e preservar os recursos naturais do planeta para garantir um futuro sustentável para as próximas gerações. 

Uma das principais estratégias adotadas é a transição para fontes de energia limpa e renovável. Países ao redor do mundo estão investindo em energias renováveis, como solar, eólica, hidrelétrica, biomassa, hidrogênio e geotérmica, reduzindo sua dependência dos combustíveis fósseis e diminuindo as emissões de gases de efeito estufa.

Em se tratando de conservação da biodiversidade, há uma crescente conscientização sobre a importância de proteger ecossistemas e espécies ameaçadas. Muitos países estão estabelecendo áreas protegidas e implementando políticas de conservação para preservar a riqueza natural do planeta. Além disso, a agricultura sustentável e o manejo responsável das florestas estão sendo promovidos como formas de conciliar a produção de alimentos e a conservação ambiental.

Em termos de bioeconomia, o Brasil, com sua vasta biodiversidade e extensas áreas de biomas naturais, tem um potencial inigualável para se tornar um protagonista nesse cenário. Somos um gigante por natureza!

A Amazônia, por exemplo, com sua imensurável riqueza biológica, é um verdadeiro laboratório natural, detendo potencial para pesquisa e desenvolvimento de produtos biotecnológicos, medicamentos e soluções sustentáveis. Por outro lado, o Pantanal, a maior planície alagada do mundo, é um exemplo singular de biodiversidade e serviços ecossistêmicos, que podem ser utilizados de forma sustentável para impulsionar setores como o ecoturismo e a pesca responsável.

Quanto a geração de lixo, redução do desperdício e o estímulo à economia circular também são aspectos fundamentais da sustentabilidade global e iniciativas ao redor do mundo estão sendo desenvolvidas para melhorar a gestão de resíduos, promover a reciclagem e repensar a forma como produzimos e consumimos bens.

Nesse ponto, é importante destacar a evolução do conceito dos ‘Rs’, até um tempo atrás, com o crescimento de conscientização ambiental e em uma tentativa de promover práticas sustentáveis, foi desenvolvido o conceito dos 3 Rs (reduzir, reutilizar e reciclar).

À medida que a conscientização sobre os problemas ambientais continuou crescendo, tornou-se claro que era necessário um entendimento mais profundo e abrangente das práticas sustentáveis, momento em que o conceito foi ampliado para 5 Rs.

Adicionar “Repensar” e “Recusar” ao início da lista reflete a ideia de que a prevenção é a melhor estratégia; ou seja, é melhor evitar o consumo desnecessário desde o início; o que sugere uma mudança fundamental em nossas atitudes e comportamentos em relação ao consumo.

Apesar dos progressos realizados, ainda há muito a ser feito para alcançar a sustentabilidade global. A colaboração internacional é fundamental, e acordos e compromissos globais, como o Acordo de Paris sobre mudanças climáticas e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, fornecem um quadro importante para orientar as ações e os esforços conjuntos.

Alguns dados abaixo demonstram o progresso e os esforços em andamento em relação à sustentabilidade global, porém, de outro lado, destacam a necessidade de medidas adicionais e uma ação colaborativa contínua para enfrentar os desafios ambientais:

A) Transição para fontes de energia renovável:

O mundo adicionou 295 GW de capacidade renovável em 2022, um crescimento de 9,6% em relação ao ano anterior, de acordo com as estatísticas de capacidade renovável 2023 da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena), divulgadas em março de 2023. Isso representa 83% de toda nova energia inaugurada no ano passado.

As adições globais de capacidade renovável devem superar os 440 gigawatts (GW) em 2023, acompanhando uma tendência de melhoria na competitividade da energia eólica e solar fotovoltaica desde o ano passado, calcula da Agência Internacional de Energia.

Em 2022, o mundo adicionou 295 GW, 9,6% a mais que em 2021, e fechou o ano com 3,3 terawatts (TW) instalados.

Em resumo, de acordo com Agência Internacional de Energia – IEA, na sigla em inglês, e notícias veiculadas em meios de comunicação como site da Reuters e Forbes, o mercado de renováveis está diante de um crescimento sem precedentes no setor, impulsionado por políticas de incentivo, preocupações com a segurança energética e melhoria da competitividade em relação às alternativas de combustíveis fósseis.

Investimentos em eficiência energética podem gerar benefícios significativos, como redução de emissões de CO2 e economia de custos. De acordo com o relatório da Agência Internacional de Energia (IEA) de 2020, investir em eficiência energética poderia aumentar o PIB global em até 3,9% até 2050.

B) Conservação da biodiversidade:

Cerca de um milhão de espécies estão ameaçadas de extinção, alertou um novo relatório da Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES), órgão independente de ciência e política apoiado pela ONU. Girafas, papagaios e até carvalhos estão incluídos na lista, assim como cactos e algas marinhas.

Para preservar a biodiversidade, muitos países estão estabelecendo áreas protegidas. Segundo o Banco Mundial, atualmente cerca de 15% da superfície terrestre e 7% dos oceanos estão sob proteção, embora sejam necessários esforços ainda maiores para atingir as metas de conservação.

Após anos de negociação, a ONU alcançou um acordo histórico para proteger os oceanos – o Tratado traz diretrizes para colocar 30% dos mares sob proteção até 2030. O acordo é vital para salvar o ecossistema marinho, reverter a perda de biodiversidade dos mares e garantir o desenvolvimento sustentável.

C) Economia circular e redução de resíduos:

De acordo com estudo da International Solid Waste Association (ISWA), uma organização sem fins lucrativos que reúne profissionais do setor de resíduos sólidos, prevê que a geração mundial de lixo chegará a 3,4 bilhões de toneladas, por ano, até 2050, evidenciando a urgência de melhor gestão dos resíduos, desde o seu descarte a coleta seletiva, bem como soluções de economia circular e campanhas de conscientização.

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) estima que a adoção de práticas de economia circular pode reduzir as emissões de CO2 em 39% até 2050 e gerar benefícios econômicos significativos.

D) Parcerias e Meios de Implementação

Por fim, é importante destacar e reiterar que a sustentabilidade tornou-se uma palavra-chave quando falamos em desafios globais como fome, desemprego, desmatamento, mudanças climáticas e desigualdade. Embora muitos avanços tenham sido feitos, é evidente que nenhum país ou empresa pode resolver esses problemas isoladamente. Nesse contexto, o 17º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU destaca a importância de “Parcerias e Meios de Implementação” como pilares essenciais para o enfrentamento de questões emergentes.

Larry Fink, CEO da BlackRock, empresa líder mundial em gestão de ativos, deixou claro em uma de suas mensagens aos acionistas: “a sustentabilidade não é apenas ética, mas também um imperativo econômico”. No entanto, o surgimento do movimento anti-ESG, nos Estados Unidos, que questiona a eficácia e a transparência das métricas de sustentabilidade, mostra que ainda há um importante debate  sobre a conscientização e fortalecimento da transparência, compliance e políticas anti-corrupção por grande parte das empresas.

A COP 27, em sua busca por consensos globais para ações climáticas, evidenciou a importância de colaborações transnacionais e multisetoriais. Contudo, a frase alarmante do Secretário-Geral da ONU, António Guterres, de que “o aquecimento global acabou, o planeta entra na era da ebulição global”, ressalta a urgência de ações concretas e eficazes, que só podem ser alcançadas através de parcerias sólidas e meios de implementação bem estruturados.

Já na COP28, realizada em Dubai em 2023, podemos dizer que marcou um progresso significativo no combate às mudanças climáticas. O acordo final focou na transição justa e ordenada dos combustíveis fósseis e enfatizou a necessidade de reduções nas emissões de gases de efeito estufa, alinhadas ao objetivo de limitar o aquecimento global a 1,5°C, conforme o Acordo de Paris. A conferência também destacou a importância de ampliar as energias renováveis e melhorar a eficiência energética.

Por outro lado, o acordo foi criticado por não apresentar meios claros para a implementação das medidas propostas.

Ou seja, COP28 trouxe avanços nas metas de redução de emissões e energia renovável, mas enfrenta desafios na implementação prática e no financiamento dessas iniciativas.

Portanto, a solução para os desafios globais da atualidade não reside apenas em avanços tecnológicos ou políticas isoladas, mas na capacidade de formar parcerias robustas e inclusivas. Essas colaborações são essenciais para traduzir intenções sustentáveis em ações práticas e efetivas, capazes de trazer mudanças transformadoras em escala global.

As 17 ODS da ONU e o conceito ESG

Os ODS foram desenvolvidos por meio de um processo inclusivo e participativo que envolveu governos e partes interessadas de todo o mundo. Isso garantiu que a agenda refletisse uma ampla gama de perspectivas e prioridades. A intenção é que os ODS sejam totalmente alcançados até o ano de 2030, o que seria um grande feito da humanidade, no entanto, inúmeros são os desafios pela frente.

De acordo com relatórios das Nações Unidas e diversas organizações internacionais, o progresso tem sido desigual. Embora tenha havido avanços em alguns ODS, outros continuam sendo um desafio. Por exemplo, a meta de erradicar a pobreza extrema e a fome ainda está longe de ser alcançada, assim como a meta de ação contra a mudança do clima.

Por outro lado, a Agenda 2030 também tem sido um poderoso catalisador para a ação. Criada como estrutura na qual governos, empresas e sociedade civil podem usar para orientar seus esforços. Há cada vez mais consciência global sobre a importância da sustentabilidade, e muitos setores estão tomando medidas para reduzir seus impactos ambientais e sociais negativos e promover um desenvolvimento mais inclusivo e sustentável.

Mas, afinal quanto tempo falta para se concluir a agenda 2030?

Acompanhe nosso temporizador de contagem regressiva na parte superior da plataforma Jornada ESG e entenda quão pouco tempo falta para atingirmos as metas dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU.

Para conhecer as 169 metas incluídas nos 17 ODS, clique em: https://brasil.un.org/pt-br/sdgs

De outro modo, a sigla ESG (environmental, social, and governance) nasce a partir de uma conjuntura social que passa a enxergar a iniciativa privada como um importante player não somente em matéria de desenvolvimento econômico, como também, corresponsável pela preservação ambiental e pela elevação da justiça social, da porta para fora.

O termo ESG foi cunhado em 2004 em uma publicação do Pacto Global em parceria com o Banco Mundial, chamada Who Cares Wins. Surgiu de uma provocação do secretário-geral da ONU Kofi Annan a 50 CEOs de grandes instituições financeiras, sobre como integrar fatores sociais, ambientais e de governança no mercado de capitais. 

E mais recentemente o termo ganha força por meio de um viés econômico, quando Larry Fink, co-fundador da maior gestora de investimentos do mundo, em 2019, em uma de suas cartas dirigidas aos acionistas enfatizou a importância de olharmos para os aspectos que envolvem o respeito ao ser humano e a natureza a partir dos negócios e da forma como são feitos, jogando luz aos fatores ESG a partir de uma governança baseada em propósito, lucro, transparência e riscos.

Porém, ainda que não conhecido pelo acrônimo ESG, as métricas socioambientais e de governança já eram consideradas por alguns movimentos, como aconteceu nos anos 60 e 70, nos movimentos de direitos civis, anti-guerras e ambientalistas nos EUA. Os investidores começaram a excluir empresas ligadas à guerra no Vietnã e ao Aparheid de seus investimentos.

Ou seja, desde muito antes de conhecermos o ESG como ele é hoje, os indicadores já eram observados por movimentos que tinham olhar voltado à responsabilidade socioambiental e conscientes de seu papel perante a sociedade como um todo.

Ainda que o propósito seja o mesmo da Agenda 2030, as três letrinhas representam indicadores de mercado do quão consciente uma empresa é, de como seus processos são realizados, de que forma seus colaboradores são liderados, engajados e incluídos, como se ela relaciona com a sociedade, e como ela lida com toda a sua cadeia de valor e como gerencia os recursos naturais.

Em suma, durante muito tempo os ODS eram interpretados como “uma lista de desejos”, por diversas empresas, mas após as seguidas cartas de Larry Fink colocando a sustentabilidade no centro dos investimentos, uma forte pressão dos millennials, geração nascida entre os anos de 80 e 2000, caracterizada justamente pelo nível elevado de conscientização socioambiental, o ESG ganhou força e nos dias de hoje se estabelece como a principal diretriz de relação entre os mercados de investimento, consumidores conscientes e organizações civis, públicas e privadas ao redor do mundo.

Para se ter noção, de acordo com pesquisa realizada em 2019 pela Morgan Stanley, 95% dos millennials expressaram interesse em investimentos sustentáveis, em comparação com 85% da população total. Além disso, 67% dos millennials acreditam que as práticas de investimento devem mirar não apenas o retorno financeiro, mas também o impacto social e ambiental.

Tudo isso impulsiona os gestores e executivos a olharem as métricas ESG como um verdadeiro diferencial de negócio e fator mandatório de mercado, requisito de sustentabilidade e perenidade da própria companhia.

E quando falamos de “boas práticas”, “sustentabilidade”, “objetivos e metas consistentes” nos perguntamos: como começar a nossa Jornada ESG?

É aí que nasce a expedição Jornada ESG, uma rota traçada com o objetivo de desmistificar o ESG por meio dos ODS da ONU, apresentando soluções ambientais, sociais e de governança e acima de tudo fortalecer a relação entre iniciativas da sociedade civil, organizações e gestores públicos.

Mas, para iniciarmos a nossa Jornada ESG, devemos nos perguntar:

O quanto as minhas ações são coerentes com os meus valores?

O quanto os meus colaboradores ou cadeia de valor estão engajados a esses mesmos valores, metas e objetivos?

Bem-vindos à Jornada ESG.

Marcel Guariglia

A Jornada ESG

Se pensarmos num futuro não muito distante, certamente tentaríamos traçar uma linha de raciocínio conectando as principais inovações tecnológicas, inteligência artificial, criptoeconomia, mobilidade, indústrias verdes, sistematização e eficiência de processos, maior diversidade e inclusão na sociedade e tendências comportamentais vinculadas a uma vida cada vez mais prática e saudável, mas não poderíamos deixar de citar a atenção a saúde mental como fator fundamental para o desenvolvimento humano, bem como as chamadas “softs skills” no mercado de trabalho.

Mas… será que toda essa evolução intelectual, baseada na criatividade, inovações tecnológicas vem acompanhada da evolução mental e espiritual?

Será que toda a resiliência dedicada a Jornada do Crescimento tem mais a ver com propriedade intelectual, mental ou espiritual?

Considerando o quanto as empresas estão ressignificando seus valores, missões e visões e as adequando a uma cultura de propósito, podemos considerar que a palavra propósito tem tudo a ver com o desenvolvimento da humanidade sob outra perspectiva.

Segundo a inteligência artificial, “propósito” significa:

“Ter um propósito significa ter uma direção clara e um motivo intrínseco para o que se está fazendo, o que pode trazer um senso de significado e realização as atividades da vida.”

“Muitas vezes, as pessoas buscam encontrar um propósito em suas vidas para se sentirem mais conectadas consigo mesmas e com um mundo ao seu redor.”

Motivo intrínseco…

Senso de significado…

Será aqui o início da Jornada do Crescimento ou melhor da Jornada ESG?

Será que não chegou o momento de ressignificarmos “o nosso modo de viver em sociedade e de nos relacionarmos com a natureza?

Será que não chegou o momento de entendermos que enquanto não erradicarmos a pobreza, combatermos a fome, aceitarmos as diferenças e os diferentes, as crises sociais, os índices de violência e guerras não cessarão?

Se o termo ESG te conecta ao modismo ou somente a um viés econômico, essa jornada não é para você, pois a verdadeira Jornada ESG irá te conectar aos seus valores mais intrínsecos, te dará senso de significado e te fará sentir mais conectado consigo mesmo e com o mundo ao redor.

Contextualizando – há muito tempo a sustentabilidade faz parte de pautas sociais. Nunca se questionou tanto a importância da responsabilidade humana frente a natureza e a finitude dos recursos naturais. No entanto, até pouco tempo, a agenda não atingia todas as camadas sociais e todos os envolvidos na engrenagem social e de desenvolvimento econômico, a iniciativa privada, por exemplo, não se via como parte dessa preocupação, em um conceito ultrapassado de capitalismo e os detentores do poder econômico possuiam apenas uma preocupação: a maximização do lucro.

Porém, no contexto atual, a sustentabilidade é vista como um fator fundamental para o sucesso e a longevidade das empresas. Os investidores, consumidores e stakeholders estão cada vez mais conscientes dos impactos das atividades empresariais no meio ambiente, na sociedade e na governança corporativa exigindo que as empresas sejam responsáveis e tomem medidas concretas para mitigar seus impactos negativos.

DESBRAVANDO AS FRONTEIRAS DA SUSTENTABILIDADE

Ideias, Caminhos e Iniciativas por um Mundo Melhor

A expedição Jornada ESG traça sua rota de aproximadamente 50.000km, abordando soluções ambientais e sociais, além de tendências em inovações tecnológicas em 18 países pela América do Sul, América Central e América do Norte.

Nossa expedição inicia no extremo sul Ushuaia-ARG e numa rota rumo ao Chile, Norte da Argentina e Uruguai, iremos conhecer de perto os principais desafios dos polos, mudanças climáticas, derretimento das geleiras, espécies em extinção e pesquisas científicas.

No Brasil, passaremos pelas principais capitais brasileiras conhecendo soluções voltadas para cidades e comunidades sustentáveis. Em cidades mais longínquas abordaremos temas como eficiência energética, erradicação da pobreza, combate a fome, educação de qualidade e redução das desigualdades.

Nos principais biomas brasileiros ainda abordaremos a importância da biodiversidade para o desenvolvimento da bioeconomia, agricultura sustentável e regenerativa, mercado de carbono e a preservação de rios, lagos e oceanos.

Após quase 70 dias percorrendo o Brasil, seguiremos viagem pelos países: Bolívia, Peru, Equador e Colômbia e assim conheceremos de perto iniciativas voltadas para o desenvolvimento socioambiental, preservação da cultura ancestral e povos originários e sua relação com a preservação ambiental.

Na América Central abordaremos temas ligados aos desafios ambientais do Canal do Panamá, soluções ambientais na Costa Rica, um dos países mais sustentáveis do mundo, desafios sociais na Nicarágua e Honduras, a oficialização da moeda bitcoin em El Salvador e redução das desigualdades em Guatemala e Belize.

Seguimos viagem para México, Estados Unidos e Canadá e assim iremos dar voz aos especialistas sobre os principais desafios do século XXI e como podemos tornar as cidades e comunidades cada vez mais sustentáveis através da indústria, inovação e infraestrutura, gerando oportunidades de trabalho decente e crescimento econômico.

Temos como propósito desmitificar o ESG por meios dos 17 ODS da ONU e apresentar soluções ambientais, sociais e de governança e acima de tudo, te conectar aos verdadeiros agentes da transformação que acreditam e trabalham por um mundo mais justo, sustentável e próspero.

Marcel Guariglia

Acompanhe nas redes

Eliana Sousa

Eliana Sousa Silva é fundadora e diretora da ONG Redes da Maré, curadora e organizadora do Festival Mulheres do Mundo – WOW Rio e coordenadora da pós-graduação em Urbanismo Social – Gestão Urbana, Políticas Públicas e Sociedade, do Insper. É autora dos livros Macaé Evaristo: uma força negra na cena política (2020), Dores que Libertam: Falas de Mulheres das Favelas da Maré, no Rio de Janeiro, sobre violências (2018), Projeto Aluno Presente: Uma metodologia intersetorial para a garantia do direito à educação de todas e todos (2017), Por que eu e não outros? Caminhada de Adilson Pires da periferia para a cena política carioca (2016), A ocupação das favelas da Maré pelo Exército Brasileiro (2015), Vivências educativas na Maré: desafios e possibilidades (2013), Testemunhos da Maré (2012) e A articulação de temas essenciais à educação pública na Maré: segurança pública, desempenho escolar e mobilização social (2010).
Doutora Honoris Causa pela Queen Mary University of London e Doutora em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC/Rio). Pesquisadora na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) por mais de 30 anos,  tendo como uma de suas últimas atividades, o trabalho como diretora da Divisão de Integração Universidade Comunidade – DIUC. Professora na Universidade de São Paulo, USP,  no Instituto de Estudos Avançados, IEA,  onde coordenou a Cátedra Olavo Setúbal de Arte Cultura e Ciências e permaneceu por 3 anos. Professora no Insper, coordenando o Curso de Urbanismo Social, no LabCidade ArqFuturo.
Ao longo de sua trajetória, Eliana recebeu diversos prêmios, entre eles o  Itaú Cultural 30 anos (2018), o Mulher do Ano – área social, do Rotary Club do Rio de Janeiro (2005), o Mulher Claudia – trabalho social, da Editora Abril (2004) e o Ashoka Empreendedores Sociais (2000).
É consultora metodológica do projeto Territórios em Rede, implementado pela Associação Cidade Aprendiz, tecnologia social que inseriu mais de 15 mil crianças e adolescentes em escolas públicas em quatro estados do país desde 2020. Presta consultoria, ainda, para a Vale, no contexto do Programa de Enfrentamento à Pobreza Extrema da empresa.
Em 2007, Eliana fundou – ao lado de outras lideranças locais – a ONG Redes da Maré, que executa 19 projetos em diferentes áreas que vão de educação a cultura, de capacitação profissional e empoderamento feminino a direitos humanos e segurança pública, de desenvolvimento territorial a memória coletiva.
A partir de sua atuação na Maré, Eliana tem ocupado diferentes espaços – sempre com o objetivo de visibilizar as questões e elevar os índices de qualidade de vida das favelas e periferias, em todas as suas dimensões.

Ana Trevellin

Ana Cristina Trevelin, Administradora (FAP)MS), Técnica em Contabilidade, pós graduada em Gestão e Manejo de Resíduos na Agroindústria (UFLA/MG), mestrado em Geografia (UFMS). Atualmente é Coordenadora de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, na Secretaria Executiva de Meio Ambiente, na Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (SEMADESC) do Mato Grosso do Sul. Atuou como Secretária Municipal de Meio Ambiente de Bonito, de jan 2021 a dez 2023. Consultora empresarial nas áreas de ESG (Environmental, Social and Governance), Recursos Humanos e Empreendedorismo, Planejamento Empresarial e Desenvolvimento Setorial. Cursos extracurriculares e experiência profissional nas áreas de gestão empresarial com destaque para planejamento, inovação e desenvolvimento humano.
Experiência como docente nos cursos de graduação em Administração e Turismo. Publicações de artigos e capítulos de livros sobre turismo, desenvolvimento territorial, gestão pública de meio ambiente e de turismo, e inteligência emocional.

Ana Paula C. Packer

Engenheira Agrônoma, formada pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ-USP), com mestrado e doutorado em Química Analítica, pelo Instituto de Química de São Carlos (IQSC-USP). Participou em 5 programas de pós-doutorado, em instituições que atuam na vanguarda do conhecimento. Fez intercâmbio como pesquisador visitante, no Health Canada, agregando a visão diferenciada de que a pesquisa e a inovação são a base para a sustentabilidade. Pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente desde 2010, atua em temas na interface entre a Agricultura e Meio Ambiente, com foco nas pesquisas em Mudanças Climáticas e Avaliação de Sustentabilidade dos Sistemas Agropecuários. Representante da Embrapa em diferentes Grupos de Trabalho, como para a elaboração da Comunicação Nacional do Brasil à UNFCCC, estabelecido pela Comissão Nacional para REDD+, instrumento desenvolvido para recompensar financeiramente os países em desenvolvimento pela recuperação e conservação de suas florestas. Participou da construção do Plano Setorial para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária, com vistas ao Desenvolvimento Sustentável (2020-2030). Envolvida diretamente em diversas ações de inovação para o Agro, faz parte do conselho gestor do AgNest, um laboratório vivo e será um ambiente único para viabilizar a conexão entre startups, grandes empresas e a Embrapa. Com parceiros externos, é responsável pelas vertentes do Agro e ESG no conselho consultivo do Polo de Inovação do Interior Paulista, e tem colaboração com diversos Hubs na esfera nacional e internacional, e participa do Hub Internacional para o Desenvolvimento Sustentável (HIDS). Ocupou por 5 anos a chefia adjunta de Transferência de Tecnologia e em junho de 2022 assumiu a chefia geral da Embrapa Meio Ambiente, em Jaguariúna/SP.

Gino Gehling

Graduou-se em Engenharia Civil pela Universidade Católica de Pelotas (1978). Obteve mestrado em Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental pelo IPH-UFRGS (1985), e doutorado em Engenharia Ambiental pela Universitat Politècnica de Catalunya, España (1995). Professor na PUC-Porto Alegre (1995) e no IPH-UFRGS desde 1997. Integrou o CD do DMAE-Porto Alegre em duas gestões. Pela Magna Engenharia atuou em projetos voltados ao tratamento de resíduos industriais do III Polo Petroquímico e da Petrobrás, bem como projetos de saneamento para municípios. Pela UFRGS coordenou projetos institucionais de redes de esgotos sanitários e projetos de estações de tratamento de esgotos. Coordenou o NUCASUL no IPH-UFRGS (2010-2012) na geração de diversos cursos EAD para a SNSA/Ministério das Cidades, voltados a capacitação de agentes municipais nas áreas de tratamento de água, tratamento de esgotos, resíduos sólidos e drenagem pluvial. Participou da fundação do Instituto SAFEWEB, do qual é membro do CD. Projetou a Ecobarreira do Dilúvio, implantada pela iniciativa privada, e mantida pelo Instituto SAFEWEB desde 2016, empreendimento ligado aos princípios da ESG.

Yoon Jung Kim

Consultora, escritora, palestrante. Cofundadora da plataforma Mundo ESG. Conselheira de Administração da Future Carbon Group. Membro do Comitê de Auditoria, Riscos e Integridade do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Foi Diretora de Integridade do Grupo Aegea e Diretora Jurídica da concessionária Águas do Rio. Foi ainda Promotora de Justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo por 16 anos.

Pedro Rodrigues

10 anos de experiência no setor de óleo, gás e energia. 

Sócio Diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura. 

Sócio fundador do CBIE Advisory. 

Idealizador e apresentador do Canal Manual do Brasil. 

Advogado. 

Graduado pela Fundação Getulio Vargas e pós-graduado em finanças pelo IBMEC Rio, especializado pelo IHRDC no setor de gás natural em Boston – EUA

Paulo Renato

Publicitário especializado em Produtos e Serviços Digitais, com MBA em Gestão Empresarial pela FGV e formação em Design Thinking e Machine Learning pela universidade de Stanford.  Dramaturgo, fotógrafo e escalador. Já atendeu clientes como Petrobrás, Vivo / Telefônica, O Boticário, Jornal Estado de São Paulo, ONU (Organização das Nações Unidas), Renault, entre outros. Na área de gestão pública já fez diversos trabalhos de consultoria para a prefeituras e para o Governo do  Estado do Paraná e participou de diversas campanhas políticas, nas áreas de mobilização e comunicação digital. Em 2009 participou em Washington D.C de um workshop com a equipe do então presidente Barack Obama, discutindo estratégias de marketing político, engajamento e mobilização social. Tem no portfólio prêmios nacionais e internacionais como Ouro no Prêmio Aberj Brasil, diversos Top de Marketing e Colunistas Paraná, Profissional de Digital mais premiado do Clube de Criação do PR e Prêmio dos Estúdios Warner como melhor da América Latina. Já criou diversas start ups, o que o levou como convidado ao WebSummit Dublin (e depois Lisboa), maior evento de start ups do mundo fora do Vale do Silício.

Adalberto Luis Val

Graduou-se em biologia (1980) pelo Centro Universitário Barão de Mauá (CBM) em Ribeirão Preto, São Paulo. Obteve mestrado (1983) e doutorado (1986) em biologia de água doce e pesca interior pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). Fez estágio de pós-doutoramento na Universidade da Columbia Britânica, no Canadá. No Inpa desde 1981, envolveu-se com análises das necessidades da Amazônia relacionadas a educação, ciência e tecnologia. Foi diretor geral do Inpa (2006-2014). Em 2017 foi credenciado como professor adjunto da Escola de Pós-graduação da Universidade de Laval, Quebec, Canadá. É pesquisador do Inpa e coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Adaptações da Biota Aquática da Amazônia – INCT/Adapta. Suas áreas de pesquisa abrangem bioindicadores para a qualidade ambiental, peixes e seus ambientes, uso sustentável de recursos naturais e ecotoxicologia. Dentre os prêmios recebidos, destacam-se Grande Ordem do Mérito Legislativo do Estado do Amazonas (2008); a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico (2013); título de Cidadão do Amazonas, da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (2015); Prêmio Anísio Teixeira, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Capes (2016), o Diploma de Honra ao Mérito, pelo Dia do Biólogo, da Câmara municipal de Manaus (2019) e o Prêmio Fundação Bunge (2023).

Luciano Huck

É apresentador, empresário e fundador do Instituto Criar. Em 2021, Huck lançou o documentário 2021: O ano que não começou, onde retrata temas como desigualdade, educação, racismo, política, capitalismo, pobreza, tecnologia e família. Atualmente integra o quadro de sócios da Future Carbon Group, empresa com o maior portfólio de florestas no Brasil.

Luciane Vieira

Luciane Vieira, tem uma trajetória de vocação na disseminação do conhecimento, com 20 anos de experiencia e sólida bagagem acadêmica. Doutora pela Universidade Federal do Paraná e Consejo Superior de Investigaciones Científicas da Espanha, é uma apaixonada por Sustentabilidade e por ensinar pessoas, tornou-se Professora Titular pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná, já formou mais de 2.700 alunos e liderou projetos socioambientais premiados, com iniciativas colaborativas de múltiplos stakeholders. Profissional certificada pelo GRI Standards. Fundadora da empresa Plus ESG, onde capacita profissionais através de mentorias e assessora organizações. Autora do livro “Checklist do ESG para Pequenas e Médias Empresas”, Luciane acredita no conhecimento técnico e científico para a transformação da sustentabilidade e impacto positivo das organizações e na sociedade. Com presença nas redes sociais, ela compartilha conteúdos valiosos no Instagram sob o nome @lucianevieiraesg

Adriano Pires

Adriano Pires é uma figura chave no setor de energia, com mais de 30 anos de experiência. Sua carreira inclui uma passagem significativa pela Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), onde contribuiu com sua expertise no desenvolvimento de políticas e regulações. Especializado em economia da regulação, infraestrutura, aspectos legais e institucionais da concessão de serviços públicos e tarifas, Pires é um respeitado pesquisador e educador. Sua contribuição para o setor energético é marcada por um profundo conhecimento técnico e uma visão estratégica, influenciando decisões e políticas importantes na área de energia.

Amyr Klink

Amyr Klink, um dos mais renomados navegadores e exploradores marítimos do Brasil, é amplamente reconhecido por suas jornadas extraordinárias pelos oceanos. Com uma carreira dedicada à exploração marítima, Klink destaca-se por suas viagens solitárias e inovadoras, desbravando caminhos inéditos em mares e oceanos. Autor de diversos livros inspiradores, suas narrativas capturam a imaginação de aventureiros e ambientalistas, combinando aventura com um profundo respeito pela natureza. Amyr Klink continua a inspirar com sua paixão pelos oceanos e seu compromisso com um futuro mais sustentável e consciente.

Ana Carla Fonseca

Ana Carla (Cainha) Fonseca é referência internacional em economia criativa e desenvolvimento territorial. Graduada em Administração Pública pela FGV aos 20 anos, é ainda economista, mestre com louvor em Administração e doutora em Urbanismo pela USP. Em 2003, após uma carreira de executiva na América Latina, em Londres e Milão, fundou a Garimpo de Soluções, consultoria pioneira em economia criativa, cidades e desenvolvimento, tendo atuado em mais 260 cidades, de 34 países. Autora premiada com o Jabuti em Economia (2007), ela já ministrou mais de 840 palestras, em cinco idiomas e é perita em realizar projetos inovadores, como o primeiro plano regional de economia criativa do Brasil. Com mais de 270 empresas e instituições como clientes, incluindo o BID e a ONU, é conselheira da Virada Sustentável, da Preta Hub e da The Festival Academy, na Bélgica. Vencedora do Prêmio Claudia, em Negócios, foi apontada pelo El País uma das 8 personalidades brasileiras que impressionam o mundo.

Carlo Pereira

Carlo tem mais de 20 anos de experiência em sustentabilidade e relações institucionais. No Pacto Global da ONU, é membro do Conselho Regional das Redes da América Latina. Também é membro de conselhos de administração de empresas. Graduado em química, tem mestrado em Ciência (Universidade de São Paulo), MBA (University of Lüneburg), assim como especialização em liderança internacional pela GIZ na Alemanha.

Carlos Nobre

Carlos Nobre, PhD em meteorologia pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), é um dos climatologistas mais renomados do mundo. Reconhecido por seu trabalho pioneiro sobre o desmatamento da Amazônia e os impactos das mudanças climáticas nesta região vital, Nobre tornou-se uma voz globalmente influente na luta contra as alterações climáticas. Seu foco em entender e comunicar os efeitos potencialmente catastróficos do desmatamento na Amazônia tem sido crucial para elevar a consciência sobre a urgência de ações ambientais. Como uma das principais vozes em defesa da Amazônia, Carlos Nobre continua a influenciar decisivamente o debate global sobre mudanças climáticas e sustentabilidade ambiental.

Edu Lyra

Edu Lyra, fundador da ONG Gerando Falcões, é um exemplo de superação e impacto social. Crescido em uma favela em Guarulhos-SP e filho de pai presidiário, Lyra teve como grande fonte de inspiração sua mãe, de quem carrega o lema “não importa de onde você vem, mas importa para onde você vai”  e transforma adversidades em inspiração. Sem concluir a universidade, escreveu ‘Jovens Falcões’ e fundou sua ONG com a venda do livro, hoje uma rede influente de ONGs em periferias e favelas. Reconhecido pelo Fórum Econômico Mundial como um dos jovens brasileiros capazes de mudar o mundo, Edu foi listado pela Forbes Brasil entre os jovens mais influentes do país com menos de 30 anos e eleito empreendedor do ano pelo LIDE. Carregou a Tocha Olímpica e palestrou em instituições renomadas como Harvard e Google. Seu objetivo é criar a maior rede de ONGs transformadoras do mundo e erradicar a miséria das favelas.

Gustavo Cerbasi

Gustavo Cerbasi é um nome proeminente na educação financeira no Brasil. Com mestrado em Finanças pela Universidade de São Paulo e graduação em Administração Pública pela FGV-SP, Cerbasi é um consultor, professor e palestrante respeitado. Autor de 16 livros, com mais de 3 milhões de exemplares vendidos, incluindo o best-seller ‘Casais Inteligentes Enriquecem Juntos’, que inspirou a trilogia cinematográfica ‘Até que a Sorte nos Separe’, ele é uma voz influente no campo financeiro. Eleito um dos 100 brasileiros mais influentes pela Revista Época, Cerbasi também se destaca com seu curso online ‘Inteligência Financeira’, que já formou mais de 16 mil alunos e é um dos mais bem-sucedidos do país. Com uma presença forte nas redes sociais, ele compartilha insights valiosos no Instagram, YouTube e Facebook, sob o nome @gustavocerbasi.

Katiúcha Watuze

Katiucha Watuze, uma comunicóloga, produtora cultural, mediadora e palestrante antirracista, usa a comunicação como uma poderosa ferramenta para construir pontes antirracistas. Como mulher preta e budista, Katiucha atua incansavelmente na luta contra as desigualdades raciais, colocando a questão racial como eixo central em seu trabalho. Ela é cofundadora do Pretaria.Org | Coletivo Pretaria, fundadora do Trabalho de Preto – um hub de afroempreendedores, e colabora ativamente em diversos movimentos e projetos sociais. Katiucha também é uma parceira valiosa do Valor Social da Rede Globo, contribuindo significativamente para a conscientização e o combate ao racismo. Seu trabalho como mobilizadora social reflete seu compromisso profundo com a justiça social e a igualdade racial.

Silvia Massruhá

Silvia Massruhá se destaca como uma líder inovadora na intersecção da tecnologia e da agricultura. Sua extensa formação e experiência em análise de sistemas, automação e computação aplicada a posicionam na vanguarda da pesquisa agropecuária. Como a primeira mulher a presidir a Embrapa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), uma das mais importantes instituições de pesquisa agropecuária do Brasil, Silvia desempenha um papel vital na moldagem do futuro da agricultura e do desenvolvimento sustentável no país. Seu trabalho não apenas impulsiona inovações tecnológicas no setor, mas também fortalece o compromisso do Brasil com práticas agrícolas sustentáveis e eficientes.

Sonia Consiglio

Sonia Consiglio é uma profissional destacada no setor de serviços financeiros e mercado de capitais, conhecida por seu histórico comprovado e habilidades multifacetadas. Jornalista, especialista em Responsabilidade Social Corporativa, Desenvolvimento Sustentável e Comunicação Corporativa, ela atua como conselheira de administração e comitês ESG de várias organizações. Reconhecida em 2016 como pioneira pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (SDG Pioneer) pelo Pacto Global da ONU, Sonia é uma figura influente no mundo dos negócios, combinando sucesso financeiro com compromisso sustentável e ético. Sua abordagem inovadora na integração de práticas sustentáveis no setor empresarial serve de modelo para líderes e organizações em todo o mundo. É autora do livro “#vivipraver – a história e as minhas histórias da sustentabilidade ao ESG” (Editora Heloisa Belluzzo).

Fábio Galindo

Fábio Galindo, atual CEO da Future Carbon Group e co-fundador da Mundo ESG, tem uma trajetória notável. Anteriormente, foi presidente do Conselho de Administração das Águas do Rio e membro independente do Conselho da Aegea Holding. Sua experiência inclui atuação como Promotor de Justiça em Minas Gerais e Secretário de Estado de Segurança Pública de Mato Grosso, marcando sua carreira com profundo impacto social. Especialista em Inteligência de Estado e Segurança Pública, Galindo é também certificado em Justice & Government pela Harvard Law School, em Constitutional Law pela Stanford University, e em Legal Risk Management pela Boston University. Seu legado abrange inovação, liderança e comprometimento com a sustentabilidade e governança.